24 de fevereiro de 2011

Passado o efeito placebo...

Você é o meu futuro nascendo? Tenho medo de afirmar que sim, pois a gente nunca sabe nem da gente mesmo. Não é verdade? Só sei que na mesma eu não fico não. Fincarei um pé no chão batido, outro na lama do céu, a saborear qualquer artimanha da terra. Assim, fecundarei bem as sementes da promissora incerteza de viver ou morrer a qualquer momento. Que cara é essa? Espinho não nasce sem rosa, perfume não brota de areia. Tenho planos A, B, C de alfabetizar a alma em crescente, sem descendentes de carma e azul vibrante. É, tons vermelhos a todo instante cansa, mas até que o preto não me assombra em nada. Nossa sombra na parede acaba mais fiel que o próprio espelho. Reflexos na escuridão não revelam tanto as plásticas que já são mortas, mostram mais o infinito de ser ou não ser, embora todos sejamos disformes lá fora.  O uniforme que se traja é de carne, quando despidos, apenas latejamos. Sente? Nua, abro as janelas da sorte antes de ser acordada por ela. A estrela vai caindo enquanto quero aparar meu norte com a boca aberta. Assim, vamos todos nos buscar dentro de drágeas curandeiras ou de copos meio cheios de mágoa.



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