11 de setembro de 2009

A força moça

Branca de nevoeiros sou, desencantada rainha com a cabeça de espada a cortar fios de pensamentos em balões. Há muito plantada na bainha, vou também cortando os Às das cartas de despedida. Prostro-me na cadeira sem rodas e de eletricidade perdida. Olho para o tempo que pára na porta, hesita, mas acaba saltando da janela. Canção cansada. Sento, sinto.

"Nada mais imperioso do que a fraqueza que se sente apoiada pela força: vejam as mulheres." NAPOLEÃO B.

3 de setembro de 2009

Lei "A"

ventre LIVRE
em ARTE sem lei
menina toda PROSA
com a própria POESIA
a dizer escancarada
"sei mais que nada"
pelo ar no rain
da sua terra em maresia
NÃO vai à igreja,
prefere CERVEJA à hipocrisia
e tem sympathy for the devil
quem a conhece que lhe compre
a ALMA vale pelos olhos da cara
tem canhotismo, miopia...
já o Pessoa, ópio e LAMPEJOS
RARA, satisfaz-se com bijouteria
não se vende
a 100 vezes sem juras
de AMOR tem o que lhe abasta
cata o vento do som em lua
casta a perverter sua MÚSICA em transe, gente
SURREALIZADA mente Dali e de acolá
pinta as unhas de VERMELHO
cola a boca no CÉU e o nariz no joelho
quer mais é TRANSMUTAR, cheira quando chuta
META-MOR: fase indissoluta
artesã nata, que salva a LOUCA de si
enquanto nego ÓCIO, ela tira bom proveito
mas esta com PEITO sou eu mesma
falando mais do mesmo
À ESMO de mim