12 de abril de 2014

À BRASILEIRA

Coça o cu do macaco
Como o teu, como o meu
Quem comeu o nosso?
Descasca a banana em riba da mesa
Enraba chipanzé sem asa
Faz a chita do vestido voar
Mais brega que Carmem, Roberta Miranda 
Vamos todos cantar para a poeira da estrada
A carona era feia feito foice em quitanda do Norte
O dia por detrás do coqueiro verde foi-se já
Maduros a vida, o catarro, o presidente da Venezuela
E a vuvuzela, que não deu sorte no jogo, tupinicará
Foi fazer pique-nique no parque, arrastão passou
Tudo passa, até essa farsa evaporada em petróleo
Descontrole o povo brasileiro
Tire a cana, a novela, o amor de rapariga, o galo da briga
Cai a fossa, lambe a própria ferida
Tiro na testa é de graça e cicatriza

ORIENTE-SE

O sol nos põe nipônicos
Embora continuemos desorientados
A gueixa se queixa nem d'aurora
que amanhece no prato
Saboreia, boreal, pelas bordas quentes