15 de março de 2008

Paro Dia sem Motivo

EU CANTO
PORQUE O INSTANTE EXIGE
E ESTOU INCOMPLETA.
ALEGRO, MAS SOU TRISTE.
E... POETA?

Irmã das coisas fugidias,
sinto gozo e tormento.
Atravesso madrugadas ao relento.

Se desmorono ou se é difícil,
se prevalesço ou me desfaço,
- não dei, sã sei.
Nem sei se finco meu passo.

Sinto tanto, coração profundo.
Tem sangue entorno da asa vitimada.
E um dia a lei diz que estraguei o mundo:

- facada.


*Apenas um estrago no poema de Cecília:
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3 de março de 2008

Não adianta. Atrasa.

Detesto quem me lê e quem me não sabe ler mais ainda. Julgam tudo verdade absoluta como se eu fosse a deusa com língua de cobra. Mais fácil ter serpentes vivas na cabeça que papas bom samaritanos dentro da boca. Bala Halls of fame, a fama que pouco tenho e já me mata à queima-roupa, à queima-língua. Eu sou uma trouxa a ser lavada.

E podendo segurar minha mão e dizer para os olhos o que se passa, preferem confiar no meu verbo distorcido tal roupa suja n'água, deixando passar essas letras quentes às vistas feito fumaça de sopa incapaz de curar ressaca. Um caldo frio é o que eu sou, um gato escaldado que se matou com a curiosidade dos outros. Escrevo para mim mesma e minto na ficção de ser o que bem entender. "Quem diz que me entende, nunca quis saber."