26 de outubro de 2010

Acordar para o lado de dentro. Jogar a chave pela janela. Abrir a pestana ciliada no momento céuto. Almar.

Teimo em cerrar os olhos nas horas mais propensas à luz comuntidiana. Minha iluminação não é corriqueira, exige silêncio e alta madrugada. Cegar-me aos sonhos, enquanto os outros trabalham no calor da realidade, faz meu interior procurar colírio nas gavetas repletas de uma vida mais próspera de claridades. Coloridas e vindas, um dia saberei do meu amanhecer. Sou impontual.

Um comentário:

Castro Lisboa disse...

Ela tinha ideias, tão luminosas nas noites em claro, que não deixaria ninguém dormir se ela não mantivesse suas janelas trancadas debaixo de pesadas cortinas.