7 de maio de 2013

MUDA


O silêncio me cala quando fala de si...
Se verbo não medrasse, haveria de sentir
o que ninguém assina em baixo

Só por ser um bento analfabeto,
cavalo batizado por água do mar
Pelos da égua a coicear o vento:

- O estar e o não estar -

Quando tudo se quer ausente
A mente insiste em registrar
O que a voz mudou

Vira-se o olhar para
parar a escrita
Repentinamente

Nenhum comentário: