7 de setembro de 2012

UMBRAL


Desgosto dos egocentrados a mirar o próprio frio
Impotentes de atenção ao bem, a outrem, ao filho
Encolhem-se dentro de sua mansão teto de vidro
Quebram elo com a facilidade de gelo em salpicos

O umbigo descende de um rei dentro da barriga
Abrigo para a indiferença e suas coisas plásticas
Só pensam no si e no não, perderam a memória
Recusam carinho e briga por fenecerem paixão

Dou de ombros agora a quem pedir uma mão
E esquecer do irmão desabraçado lá fora...
Seres de umbral que se pressupõe em brilho
Notarão que o trem saiu do trilho com demora.