28 de setembro de 2010

Corpo oral

A vida não me saberá dizer adeus tão cedo, por isso até tarde fico acordada. Só descansarei em paz na hora desavisada. Assim nem terei medo. Faço um silêncio mesclado a vento na cortina. Que não sei se é sina ou sino de lamentos. Fecho a janela para abafar gritos de fora. Falo comigo sobre este apartamento. Sair para quê?

Um comentário:

Jânio Lima disse...

Falou por mim e por ti da minha janela vejo, um sinal que não para de abrir e fechar carros loucos gritando, em frente uma extensão de grandes montanhas isso sim vale a pena presenciar. No mais nada me interessa todo esse anacronismo la fora me da ancia, prefiro como você fechar a janela e discutir meu proprio silêncio que é tão grande quanto as montanhas em minha frente. Abraços!