3 de dezembro de 2009

Florata

Eu me floresci na água pedra. Levando gotada nas astes de planta. O sal fermentou só na réstia de sol do muro da casa. Minha casa aberta. Quem ouviu passos, gemeu de tanto soluçar. Era lágrima rondando sem poder entrar. Rosa murchou quando fui colocada em vaso de vidro. Areia funda, poço raso, espinho fino. Rasgo-pétala. Enluarei pela varanda, o varal de sereno impregnado, quando maré bateu no teu molhar. Não mais perfumarei os céus com enfermidades eternas. Nem sou estrela, sou poda, pó dela.

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