10 de março de 2009

Olhos da cara.

Eu a par, mais apática que apoteótica. Aponto o erro de refração da luz na placa da loja. Logicamente, uma ótica de recheada vitrina me chamava. Havia a longa distância de um triz. Bendita Santa Lúcia que me conduzia pela porta uma dúzia de anos atrás. Com receita médica adentrei a loja, uma armação só. Escolhi a dedo. Visão embaçada, cocei com os punhos cerrados para ver se era mesmo verdade. Os globos se vestiam de graus por alto custo. Assim pertencia ao mundo dos míopes na moda!

O uso de lentes di-ver-gentes poderia aperfeiçoar meu entendimento, se não fosse por uma piora moral (naquele local onde mora a alma). Dizem que se agrava gradativa. Conto assim, porque hoje distraía na conversa com amigo que me reclamava um olhar mais concentrado: "Devo estar falando muito rápido, tua cara demonstra que absorveu só 5% do que eu disse." Sou meio aérea, tem horas... Os pensamentos vibram fortes em cor de carmim-estarrecido ou limão-aos-gritos. Tem tanta coisa óbvia que nem compreendo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Cor Opulente
Tanto faz!
Beleza menti
Satisfaz

PNE