4 de março de 2009

Depreciosa, pedra rara de tacar na cara.

Hoje é o dia da solidão opcional, excepcional dentro de mim. Não suporto ouvir um estampido sequer de voz. A fim de evitar meus próprios urros ancestrais, tranco meus barrancos no peito escorregadio. Cabeça mórbida sob os lençóis, só falta estourar por tantos pensamentos finos. São vozes, as malditas vozes querendo me escapar feito um feto de filho. Prematuro. Vou maturando formas através do vazio. Quando adormeço é que alivio, até pesadelo vem a calhar, só de parecer me transplantar à outra esfera tamanha. Meu espírito quer voltar donde veio, a Terra o desnutre a cada giro, a terra que me há de comer o corpo tal índia canibal. Não tenho medo, desde que não me arda. Meus olhos, de ardilosos, caíram n'água barrenta e não enxergo mal. Enxugo a vida para não me parecer tão empapuçada de mentiras.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma inteligente mente
De QI quente
Única semente
Porque sozinha senti

PNE