19 de agosto de 2008

ESFINGIDA

De aparente mau-humor e arrogância, oculto sorrisos e uma timidez dissonante no peito. Quase tudo me arde, portanto, quando explodo, bebo a vida em gargalhos de garrafas com muita sede. Deleito com a história dos outros, com os invulgares poetas, agradando-me da força dos vividos que não me reclamam falsas paisagens. Proféticas?

Dotada de uma predisposição ferrenha à preguiça, agito almas quando canto, em contraponto. Não relaxo. Sofro de síndrome das pernas inquietas. Corro esquisito. Sou canhota, mas direita moça.

Eu me literaturo, mas prefiro a mescla de todas as artes, sem deixar de saborear a vida dos loucos por outras bocas. Meu senso é non assumido. Só sumo às vezes para reparar um pouco no sagrado.

Respeitando o meu tempo, posso aprender o novo muito rápido. Sirva-me um destilado, um deste outro, que me sinto bem. Sento pelos cantos para ter a visão do todo no espaço. Sirvo ao universo doando e condoendo liberdades.

Leia meu livro pouco falado, que ensinuo o resto no colorido desses gestos tal porta-retrato. A indigestão é por tua conta. Boa sorte aos amigos e boa morte aos condenados!

Nenhum comentário: