27 de maio de 2008

Cara pulsa

Não esperem de mim a carapaça da alegria em razão do meu sorriso fácil, nem aquela melancolia profunda, nem o mais ácido sarcasmo. Eu sou justo um somatório destes inusitados no sanatório de loucos indecifrados correndo de um lado a outro aos gritos e trancos. De barrancos já caí, porque demais me dei para os trancados.

Mas não pense que vou te dar além do alento, nem vou exigir. Meu bem se esgota à gota e mina meu sim. Faça uma força, torça contra o inimigo, não faça média, arrisque uma grande. Ninguém vai precisar de si no fim...

Sinta-se desconvidado a vestir minha carapuça. Nasci nua em um mundo cheio de más caras. Sou, portanto, a boa pervertida que verte bla-blá-blás fêmeas aos machos necessitados de prazer espiritual. Não vim para jogar, apenas palavrar sensações, para lavar a roupa da sinhá-vida-moça.

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