19 de abril de 2012

RELÓGIO

Relo no giro das horas e começo a contar... 

Sobre minha vida.
Atraso o relógio que me quer apressar alegrias.
Acelero os ponteiros da morte pisando areia retida em ampulheta.
Onde guardarei as cinzas da espera agora senão na tua partida?
Casa sem teto, avisto um cometa.
Tudo é passagem secreta.
Tardia noite, enfim.
Viajo incerta do meu destino com toda esta bagagem.
Granizo choveu no caminho. Não sinto mais nada.
Sob asa de terna mãe Gaia, eternizo assim.

Nenhum comentário: