23 de abril de 2012

ASSIM SEJA




Em meio a todo esse emaranhado humano quase a dar-me um nó, sinto uma presença suave a elevar suas mãos à minha cabeça e bendizer o que eu mal disse. Acolhimento. Só não comparo ao amparo de mãe, porque nem todos o têm ou tiveram um dia. Mas o meu raiou, maior e com mais sim. Um pai de paz sem fim. 

19 de abril de 2012

RELÓGIO

Relo no giro das horas e começo a contar... 

Sobre minha vida.
Atraso o relógio que me quer apressar alegrias.
Acelero os ponteiros da morte pisando areia retida em ampulheta.
Onde guardarei as cinzas da espera agora senão na tua partida?
Casa sem teto, avisto um cometa.
Tudo é passagem secreta.
Tardia noite, enfim.
Viajo incerta do meu destino com toda esta bagagem.
Granizo choveu no caminho. Não sinto mais nada.
Sob asa de terna mãe Gaia, eternizo assim.

15 de abril de 2012

CAMA DE CASAL


Um cobertor de abraços para dias frios.
Um travesseiro de barriga para noites grávidas.
Um colchão de pernas para tardes entrelaçadas.
Um sonho guardado dentro da fronha.