6 de junho de 2011

Flanando

Deixa eu sair da carga pesada. Deixa meus ombros leves só de carregar pluma, pedra nenhuma. Deixa a minha asa, não rasga, deixa ela. A chuva pode molhá-la, sim, eu deixo. Deixo pesar o que é da natureza. O fardo não vindo dela é quase sempre alvoroço, não me cabe, não me serve, roupa de pele só aceito a do meu bicho interior. Rasgada, sem aperto. Logo eu que sou quase humana. Atentar para a leveza me rege e guarda. Não me venha com teu sobrepeso! Teu sol vermelho me encheu de sardas à costa do mar, que é larga. Minha onda não é de todo revoltada. Nada no ar, nada não, eu trouxe a boia.

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