20 de julho de 2010

Endelicadeia-me, mas presa não estou à nada, a não ser ao teu abraço a livrar nossa vertigem dessa poção amarga. Vida: se a bebo errado, tenho taças de alma fundida, as paredes quebrantadas. Mas me reconstituis o sorriso quando me tocas, acalma. Teu fogo brando, chama azul e me chamas à cama para uma conversa incomum, uma controvérsia, não só a uma trepada. Porque é entrega, é a flor na minha porta, é teu talo que me adentra e derrama semente sem dor. Quero tua língua solta em minha mama, quero o teu ereto-entranha, quero e tenho tudo no tempo que nos falta: saudade. Dormes na minha casa quando está em mim. Sonho na tua morada quando sou em ti. Por vezes, minha estrela ficou carente e afagou todo um céu com o bem amar. Sabes afogar meu corpo em rosa rasa, dando-me banhos de pétala na água. Placidez profunda. E quando estou estranha, aprendes: solta sem mais me jogar tão longe! Esconde teu olhar ante minha explosão, só explode canção comigo, entre quatro paredes. Eu me contradigo e me contraio, por isso que minha boca é melhor no teu beijo. E meus anseios melhores no teu desejo. Vem e me ama!

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