29 de outubro de 2009

Não eu

Eu não queria ser a importância que me dão. Nem o desprezo que eu tantas vezes me dedico.

Queria ter nascido de revés, só para ver se me existia em alma menos bruta pelo cosmos. Queria ter nascido com a morte ou morrido com a sorte abrupta de saber o que lá há, se Deus foi mesmo meu real destinatário.

Eu queria que todos me respeitassem além da beleza, do status, da cor e da família. Porque eu sou tão feia quando acordo para a vida, tão pobre quando trabalho, tão marrom quando me lavo e tão só quando confraternizo... Embaraço.

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