
Não, nós não fomos gêmeos em outra época. Nós fomos almas siAMEsas em era passada. Agora o presente aperreia e nem dizemos (quase) nada sobre isso, a não ser com os olhos. Os mesmos gostos temos, frio ou salgado. Adivinhamos pensamentos como quem vocaliza a canção de cor. Percebes meu pesar, amigo? Os rostos ruborizam, esquentam quando trocamos o convencional beijo no rosto. Ah, colhêr daquele doce quereríamos, arrancar fruta do pé! Mas é maçã proibida, alvo de cuspido e escarrado anjo. Melhor nem meter a colhér. O caldeirão pode virar em feitiço sobre mim, sobre-humana corro, pobre diaba a ocultar os fatos em PATHOS de dor ruim. Se eu pudesse compartilhar, meu peito seria menos comprimido. Mas é melhor eu deixar que o convencional me ame, porque a sociedade massacraria o sacro amor. Dizem ser profano o verdadeiro, por isso ardo!