Que se faça a luz por entre os flancos.
Que a erva se reproduza entre os mais ressequidos galhos.
Que os gargalhos produzam faíscas por detrás dos dentes.
Que seres viventes se restaurem com chama prolongada a incensar o infinito.
Que as matas abertas não se matem pelas mãos e mentes fechadas do homem.
Que as cavernas desmoronem sozinhas enquanto servirem de casas platônicas.
Que o aquecedor se desligue e cause muitos abraços.
Que as tempestades distraiam amantes sob as cobertas e o sol abra nuages.
Que as viagens dos nossos deuses de gesso sejam interplanetárias.
Que o café seja tão expresso quanto a fumaça e da graça se beba.
Que o pretume esterele o que o branco sugere dentro do ser.
Que o ovo se frite no espaço e vire OVNI.
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