Tão irrequieta quanto um INRI Cristo ensaiando seu martírio pós-moderno em cruz espinhenta, tenho trocado o dia pela noite há incerto tempo para trabalhar e me ocupar do artístico ócio. O silêncio da madrugada tem me propiciado atividades intelectuais bem mais intensas, haja vista, atuando como freelancer, ter-me encaixado a este biorritmo. Porém, as cobranças internas me exigem uma readaptação a horários menos anticonvencionais. Isto porque, cientificamente falando, há um hormônio deveras importante que é gerado pelo organismo durante a noite: a melatonina. O escuro ativa a produção dessa substância que, caso nos falte, provoca insônia, acelerando o envelhecimento. Não à toa, sempre ouvi meus pais dizerem: "um dia perdido de sono é menos um dia de vida". De fato, a repercussão tenho sentido na pele, com olheiras e acnes se alastrando. Além disso, o desconforto de andar quase sempre mal-humorada, com a alimentação desregrada, pondo a perder manhãs inteiras e parte da tarde.
A solução para rearranjar minhas dormidas foi compartilhada por um amigo psicanalista, que indicou um suplemento alimentar à base de N-acetil-5-metoxitriptamina. Esse regulador do sono é totalmente natural e sequer causa dependência. Apenas se exige que os aparelhinhos tecnológicos sejam desligados e que as luzes sejam completamente apagadas horas antes de se prostrar o corpo. Vale acrescentar que se nutrir de pensamentos tranquilos, como em meditação, imaginando paisagens ou mesmo ouvindo discos que reproduzem sons da natureza, por exemplo, também auxilia o espírito a preservar telas mentais saudáveis, repercutindo em melhor qualidade de vida. Afinal, é o que se projeta antes de adormecer, de preferência mantendo o subconsciente aberto a absorver vibrações positivas, que nos faz sentir mais satisfeitos e alegres no dia a dia. Tomemos o sol para a prática de exercícios físicos. Cansaço também ajuda a pregar os olhos, reforçando nosso metabolismo.
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