Mel escorre na face das bonitezas quando choram.
Ao relutarem dentro de si, quebram Michelângelos.
Pode haver gelo no que arde? Fogos de ardil, vício...
Goteja fácil o suor de quem luta às vistas do vizinho.
Os mais fracos só não carregam máscaras pelo peso.
Quem muito sustenta concreto armado perde a razão.
Sensibilidade é o siso dos estetas, a leveza do gesso.
Mas prefeririam bem ser atletas do riso em meia lua.
Pincelando, da relva à rua, com cagadas de pombo.
Dói o lombo do Aleijadinho essas estatuárias de hoje.
Homenagem póstuma não basta a espírito tão grande.
Quem sabe a autoria das falanges de anjos da igreja?
Lampeja o céu do pai e dos filhos no ato da criação.
O dedo encosta no milagre, bulinando em segredo:
Sublimação.
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