...É o Amor que invade sem que pareça invasão. Essas terras nunca foram minhas, todos posseiros são. Invencível aquele que ama. Só perde quem pensa em perder por se dar. Solução aquosa, adequada aos mergulhos mais profundos, sem sede ou sedução. Abraça das unhas ao pé do cabelo, desencrava pelos de eras e se põe nu através dos tempos. Um respiratório a céu aberto. Não vê poros, não cai em buracos, atravessa sem dor. Despudora, depurando com olor de brisa por onde passa. Hálito, halo e hábito de refrescar a mente. Segue a sentir compaixão, não pena, pensa como o outro reagiria em seu lugar. Acena sorrindo. Intuição a largar tudo pela frente sem que o dito crente em si se ofenda. Espiritualidade a alargar campos por depositar novas sementes. Comunhão com o próprio pão: germinado, colhido e processado por mãos absolutas. Oferenda. Nada à esmo, sem enfado, nem ofensa. O cosmos lança dardos de luz e sintoniza com as frequências altas, em alfa, no seio da selva. Seiva de alfazema dourada. Amada és tu de alma em corpo. Fora, és geada, mas não faz frio, renasce em flocos de paz a emoção. Remove montanhas de medo com chuva e lufada, limpeza que afaga com o olhar da criação. Chora cachoeiras libertárias, solta libélulas, colore as porções de concreto com mata, revive uma inteira nação na raça. Sábia noção de quem consola. Mãe cheia de perdão. Com o Sol de Ser não haveria de haver tantos lamentos. Somos santos com sexo, anjos tântricos a projetar saltos pelo infinito. De espermatozoides a humanoides bonitos, construtores de pirâmides, Parmênides, Acádios, arquidioceses poderiam cessar papados, proliferarem monges. Tecnologia de sobra. Do vale das sombras à luminescência nascemos. Ciência. Todos os bons momentos não passam de agora...
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