Sou janela para porta emperrada. Não precisa meter o pé! Deixo entrar e sair os dias através das frestas da tarde, abrindo e fechando o cortinado estelar como bem o faz a névoa da noite. Protejo do frio. Observo paisagens, aponto pessoas a passar na minha frente e também as faço pular de mim, quando querem brincar de ser pássaros. Às vezes, sorrio. Quando não, eu me tranco. Mas espiono a todo instante.
Uma janela, fenestra[1] ou ventana[2] é uma abertura num elemento de vedação arquitetônica, como uma parede. Ela possibilita a ventilação e insolação dos ambientes internos. A palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a idéia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar como um indivíduo que participa da ação observada. É o símbolo da receptividade, da abertura para as influências vindas de fora, da entrada da luz. Representa também a sensibilidade às influências externas. A janela pode ainda ser considerada como sendo um símbolo da consciência, ou um portal para o inconsciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário