1 de agosto de 2011

Um momento de sonho real

Acordei extremamente apaixonada depois de um sonho, como a primeira vez em que me vi assim, real e platônica ao mesmo tempo, julgando ser tudo, acreditando ser nada. Aguentando calada o estrondo do beijo que recebi às costas, a efeverscência dos olhares e lugares nunca dantes navegados por este corpo que vos fala, habitando o tempo talvez pelo espírito. Magnetismo que só posso comunicar entre dentes, por mais que a pele dilate e escancare todo meu desejo. Irrequieta, a fim de correr todos os riscos, sem ser vista, ao devassar paredes amarelas, sem deixar de esfregar o meu vermelho na cara dos que não me sabem proporcionar isso direito. Isso de ser livre estando presa. Isso de pegar a vida em calças curtas roçando em justa saia, de surpresa. Estou arriada, mas não de quatro ainda. 

Nenhum comentário: