"Nossos mortos estão sepultados em nós, mas preferimos visitá-los no cemitério." Bem disse Drummond no objeto de abraço destas aspas. O poeta acertou minha preferência, já que sepultei mais um ano com vida, celebrado no campo-santo em presença de dois grandes amigos imortais escribas. Fui ao São João Batista pela vez primeira, o mais tradicional de Fortaleza, sito no centro da cidade, ao lado de um cemitério outro, o de vagões o qual breve pretendo visitar. Tudo, afinal, será matéria em decomposição para a composição nossa de materiais do artístico renováveis. Pois a arte é longa e a vida breve...
"Ars longa, vita brevis, occasio praeceps, experimentum periculosum, iudicium difficile."
Antes de adentrar os lúgubres portões, amanheci edurecida por uma enferrujada penumbra. Lá, com o dia meio chuvoso a crepuscular sobre mim, pude lavar a alma em sensação de calmaria incomum. Os vivos me assediam cotidianamente com a certeza dos seus olhares carnais, enquanto os desencarnados me vigiaram silentes por ali. Anjos esculturados adornavam em cinza com suas expressões atônitas diante de Cristo, capelas com cheiro de rosas, missas de 7° dia. O meu de nascida é 16 que, somado um em seis, vira sete.
Senti a proximidade da sorte natural em meus plenos 22 anos. Seria enfado característico da adultície surgida recente? Não; gosto de viver, suporto tudo que me caiba em nome da minha arte de dizer:
- Quero ser levada para algum lugar além do mármore gelado daquelas sepulturas bonitas. Nem sei se cremada, espalhada em mar ou em rosas, mas serei banida da realidade caso meu contato escrito se refaça. Continuarei pura fantasia, poeira ao vento que muda as páginas da existência de tempos em tempos. Ser enterrado é como baixar ao planeta Terra de novo. Aprendiz da eternidade, feiticeira do universo inteiro eu sou!
Fiquei especulando tudo, desde que datei um documento hoje a Fevereiro dezesseis de 85! Corrigi o ano para 2007 com algum receio supersticioso daquilo se concretizar tal:
"Ars longa, vita brevis, occasio praeceps, experimentum periculosum, iudicium difficile."
Antes de adentrar os lúgubres portões, amanheci edurecida por uma enferrujada penumbra. Lá, com o dia meio chuvoso a crepuscular sobre mim, pude lavar a alma em sensação de calmaria incomum. Os vivos me assediam cotidianamente com a certeza dos seus olhares carnais, enquanto os desencarnados me vigiaram silentes por ali. Anjos esculturados adornavam em cinza com suas expressões atônitas diante de Cristo, capelas com cheiro de rosas, missas de 7° dia. O meu de nascida é 16 que, somado um em seis, vira sete.
Senti a proximidade da sorte natural em meus plenos 22 anos. Seria enfado característico da adultície surgida recente? Não; gosto de viver, suporto tudo que me caiba em nome da minha arte de dizer:
- Quero ser levada para algum lugar além do mármore gelado daquelas sepulturas bonitas. Nem sei se cremada, espalhada em mar ou em rosas, mas serei banida da realidade caso meu contato escrito se refaça. Continuarei pura fantasia, poeira ao vento que muda as páginas da existência de tempos em tempos. Ser enterrado é como baixar ao planeta Terra de novo. Aprendiz da eternidade, feiticeira do universo inteiro eu sou!
Fiquei especulando tudo, desde que datei um documento hoje a Fevereiro dezesseis de 85! Corrigi o ano para 2007 com algum receio supersticioso daquilo se concretizar tal:
Paola Fonseca Benevides
★ 16/02/1985 __ † 16/02/2007
★ 16/02/1985 __ † 16/02/2007
Não me assassinei ao assinar meu nome aqui, foi apenas uma amostra de, às duras penas, ter aniquilado outra fase vivente, tal felino faz com suas sete vidas segundo a sétima arte das possibilidades inúmeras. Talvez cometa... Cometa nada, agarrar-me-ei no rabo volátil de um astro em meio ao espaço. Aliás, possuo luz própria! Quem faz, cala, o ato por si resvala na cova. Tenho a impressão de que me acabarei aos 4 anos da outra permanência terrestre. O que me diz isto são as somas: 1+6+0+2+1+9+8+5 (data de nascida) e 2+2 (minha nova idade) é = a quatro!
O número 4, em japonês, é SHI e a palavra SHINU, traduzida por MORTE, por possuir o prefixo shi não traz boa sorte. É tal o nosso 13 vulgo do azar que, coincidentemente, somado um e três totaliza quatro também...
O número 4, em japonês, é SHI e a palavra SHINU, traduzida por MORTE, por possuir o prefixo shi não traz boa sorte. É tal o nosso 13 vulgo do azar que, coincidentemente, somado um e três totaliza quatro também...
Passem os olhos que a terra há de comer nesse site acerca de supertições orientais, mais orientações em: http://www.acbj.com.br/alianca/palavras.php?Palavra=163
Até próxima visita de corpo e alma presentes! Meu maior presente é ter sido lida até aqui. E ALÉM...
Até próxima visita de corpo e alma presentes! Meu maior presente é ter sido lida até aqui. E ALÉM...
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