Por: Paola Benevides
Andava a tatear o breu sem fim, travando um colóquio com paredes mudas. A voz transformada em bola de tênis batia e voltava no eco do pescoço. Engolindo em seco, fazia do pomo de Adão uma maçã inteira, a gritar quando sacada contra essas surdas divisões de concreto. Cadê a outra raquete? Jogar com a solidão fazia quicar a cabeça com a boca do estômago. Manter-se desperto era quase sempre um desporto feliz. [...]
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