Confusa, diante do relógio paro.
Parada, furo raro compromisso.
Perco o último parafuso-horário.
Mas quem se importa com isso?
Perto de hoje, o que é amanhã?
Por eu não ser sã foges de mim.
Ontem já passou, quem sou eu?
Um novo rosto envelheceu enfim.
O ponto alto está acima, no sol.
E pontual está em cima da hora.
Agora na lua coberto de lençol.
Sem tempo inteiro para sua vida.
Desdobra-se em braços abertos:
Dois ponteiros apontando a saída.
2 comentários:
Parece singelo. Só parece. Leio pouco seus poemas-poema, Lola. A sua proesia é tão torrencial que não dá tempo!
Beijos deste teu paga-pau de sempre
Gosto da tua força expressiva, da tua autenticidade. Beijo, Aila
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