Meu sistema imunológico anda baixo. De quando em quando me vejo na cama, prostrada, com uma revolta de querer me mover, sentir o mundo e sem poder sair. Vai ver é isso, preciso de um tempo em casa ou longe do óbvio pra me ver mais em mim, brotando em idéias. Antigamente eu não era assim, passava meses sem adoecer. Final do ano passado tive de interromper sapateado, uma dança que sempre quis fazer e que mal havia começado. Isto porque me veio uma fraqueza, tive febre, até desmaio. Vi o mundo rodar, mas não em piruetas de um novo passo inventado, vi tudo girar de tanta náusea. Existencialista que sou de mim, analisei: será náusea do mundo? No momento meu estômago reclama, minha boca parece de fel, a cabeça dói. O doutor disse que não havia cura pra esse mal de agora, trata-se de um rota-vírus engasgado no meu corpo. Só o que posso fazer é esperar ele fugir. Pior coisa que tem é não ter controle das próprias dores e prazeres. Sinto-me um fantoche da natureza. Eu que devia ter-me feito no final. À prova de balas e sem efeito colateral! Que perfeição é essa meu deus?
Um comentário:
Por que uma mente doce
Amarga tanta dor
Se nada fosse
Então não sobraria amor
PNE
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