Soren: I am female. I was born that way. I have had those feelings, those longings, all of my life. It is not unnatural. I am not sick because I feel this way. I do not need to be helped. I do not need to be cured. What I need, and what all of those who are like me need, is your understanding. And your compassion. We have not injured you in any way. And yet we are scorned and attacked. And all because we are different. What we do is no different from what you do. We talk and laugh. We complain about work. And we wonder about growing old. We talk about our families and we worry about the future. And we cry with each other when things seem hopeless. All of the loving things that you do with each other - that is what we do. And for that we are called misfits, and deviants and criminals. What right do you have to punish us? What right do you have to change us? What makes you think you can dictate how people love each other?
22 de setembro de 2011
13 de setembro de 2011
AERIAL
Por: Paola Benevides
Tenho andado distraída... Acho que foi por isso mesmo que nasci. Nas nuvens? Se minha alma estivesse mais atenta antes de embarcar numa concepção, nem teria descido a esse cão de mundo. Caso você esteja se perguntando para quê tudo isso ou por que pareço injusta com a vida, deve estar um tanto mais disperso do que eu. Cultivo a mais profunda gratidão pelo que me alenta e, com todos os assombros possíveis, deixo-me guiar por outros tantos nefelibatas de espírito.
Já que agora estou encarnada, entro na chuva, piso na jaca, chuto o pau da barraca, quebro o pé, queimo a bandeira da pátria e asteio as asas só para me esbaldar nas cinzas de um porvir que ainda não me pertence. A Fênix retornará a qualquer menor demora. A outro planeta? Não pedi mesmo para nascer. Não perdi a esmo para amar. Não pendi ao quixotesmo para morrer. Meu signo é de ar.
Já que agora estou encarnada, entro na chuva, piso na jaca, chuto o pau da barraca, quebro o pé, queimo a bandeira da pátria e asteio as asas só para me esbaldar nas cinzas de um porvir que ainda não me pertence. A Fênix retornará a qualquer menor demora. A outro planeta? Não pedi mesmo para nascer. Não perdi a esmo para amar. Não pendi ao quixotesmo para morrer. Meu signo é de ar.
12 de setembro de 2011
DESABAFO DE ONÇA ÀS VARAS CURTAS
Por: Paola Benevides
Frases soltas de gente despreparada em terreno mui fecundo só prolifera a mixórdia. São tais risadas e calças frouxas, incomodam, deslocam corpos por tamanha impropriedade. Há quem escreva como fale, transcrevendo ruídos de gases com sua maneira de pensar flatulenta. Emitem tolices. Cultivam toletes em forma de miolos. Pior também o zumbi que se pronuncia humano e ainda se farta desses cérebros alheios, sem se darem conta do mau-cheiro exalado por suas bocas após a comunhão com o escarrado, resvalado naquelas ideias de baixo calão, de baixar calção e obrar burras histórias. Influenciáveis por superfluidades. Estas pessoas sem senso deveriam nascer sem palavras ou, sob tortura, costurarem-lhe os lábios!
Por tantas ligações erradas, sotaques forçados, gritos de menino mal-criado por mães obtusas, por tanto gemido perdido dentro de falsos orgasmos, assobios de homens trabalhando alienados, histerismos de desamados, desafinos de desalmados, latidos de cães mal-tratados por donos em descalabro, acendam os candelabros, leiam e se calem, façam-me o favor!
Frases soltas de gente despreparada em terreno mui fecundo só prolifera a mixórdia. São tais risadas e calças frouxas, incomodam, deslocam corpos por tamanha impropriedade. Há quem escreva como fale, transcrevendo ruídos de gases com sua maneira de pensar flatulenta. Emitem tolices. Cultivam toletes em forma de miolos. Pior também o zumbi que se pronuncia humano e ainda se farta desses cérebros alheios, sem se darem conta do mau-cheiro exalado por suas bocas após a comunhão com o escarrado, resvalado naquelas ideias de baixo calão, de baixar calção e obrar burras histórias. Influenciáveis por superfluidades. Estas pessoas sem senso deveriam nascer sem palavras ou, sob tortura, costurarem-lhe os lábios!
Por tantas ligações erradas, sotaques forçados, gritos de menino mal-criado por mães obtusas, por tanto gemido perdido dentro de falsos orgasmos, assobios de homens trabalhando alienados, histerismos de desamados, desafinos de desalmados, latidos de cães mal-tratados por donos em descalabro, acendam os candelabros, leiam e se calem, façam-me o favor!
7 de setembro de 2011
MÃOS À CABEÇA
Por: Paola Benevides
Entradas nos cabelos convidam mãos a alcançarem qualquer halo escondido. Anjos perdidos vagam por aí com suas perucas, em disfarces sansônicos, mas as entradas na cabeça são como portais de homens maduros para encaixe de dígitos, para deslize de massagens. Mágica proporcionada pelo feminino aos meninos rapazes. Prestidigitação quase maternal que acaricia anjos pendidos por seu charme em V na testa, decote a ver bicos-de-viúva, quando ainda na Terra nos resta a veia cava, o carnaval e todos os seus penteados. Nasce-se careca, depois se fica de novo, sendo velho, e nunca se perde a ânsia por cafunés na nuca. Se bem que prefiro amaciar uns cachos como quem colhe cerejas, saboreando através dos dedos as frutas, como se a maciez no tato também proporcionasse um gosto já aceito. O fruto que cai em pelo feito eureka na cuca do gênio, a maçã capturada do paraíso de couros cabeludos. Ah, se crescessem os pensamentos nos homens como as suas mal-aparadas madeixas! Haveria menos queixas e mais boas lembranças adormecidas na palma. Ameixas pretas, castanhas tranças, onduladas louras, ruivas lisas, alhos em gris, oleosos por essência, albinos de ponta a ponta dupla, sararás-crioulo arrancando seus moicanos de ananás à chuva. O deslizar do pente vem como um rasgo de prazer à fronte, quando seus dentes de unha antes de ir para a cama proporcionam o último afago. Um bote para dormir que a tudo assanha.
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