Em passos de asa, vôo
Mesmo assim sem liberdade
Uma ave, uma Maria
Que não sabe se vivo ou morro
Eu sinto saudades não sei do quê
Choro, afobo, grito, amanso ou só rio
Que escoa para o mar da sorte
De ser o que me quer vencer
Voltarei enquanto o rei não voltar à barriga
Dou de ombros a qualquer nado de costas
Sem abanar o rabo, esnobo a vida
Vem me provocar se não me gostas
Gasta-me menos a dor da ferida
Mãos postas na mesa: agora rezo
Um Deus feito de céu agora me guia
Ele é azul, sem olhos, manco e perfeito
Feito da esquizofrenia de vários deuses
Eu acredito na noite mais que no dia
Quando as cortinas de breu se abrem
Quando as cortinas de breu se abrem
Paola Benevides
Um comentário:
Selo pra tu no blog! :)
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