5 de abril de 2010

Fujicida

Quando abusa-me tudo prefiro um "não ser nada". Mas nada com algo profundo, uma pedra com caldo, uma sopa sem água. Estou calma, por pouco duro que seja me suportar na ausência. Bom é ser poema de gaveta que raros reviram, daqueles incompreendidos por preguiça de linhas demais eruditas, com palavras ditas de menos, letras formigas a precisar óculos e a métrica embalada-embolida pelo balouçar de navios loureiros. Chato, chato, tudo feio e rico. Antes que esqueçam, por hoje me queria esquina em deserto, ostraída. Dormir até nem hora existir. Fechar os olhos do corpo, afundar seios no frio, morrer afogada no sonho leve de um pesadelo que ninguém recorda ao acordar.

2 comentários:

Luh disse...

olá. gostei muito do seu blog, esta de parabéns!..
de uma passada no meu dps. se quiser é claro ;}
beijao.

PS: seguindo

JOSÉ RAFAEL MONTEIRO PESSOA disse...

"Incompreendidos por preguiça de linhas demais eruditas" - Perfeito.