O que me incomoda é acomodar, porque sou cômoda o bastante. Muito me vem com pouco esforço, mas só quando não espero. Se me basto com algo, aí me completo. A expectativa criada move o peito a descaminhos constantes. Disso estou praticamente curada, só que algum cisto de ânsia ainda me perfura o estômago e me debato nas pernas, bebendo na semana. Abandonei o cigarro e olha que já mal fumava. Sou sismada com quase tudo, um olhar atravessado por mais de três segundos, um riso entre dentes, uma piadinha solta do nada ou uma história mal conclusa. Inclusa em grupos sem mais me ater a um só, reclusa em minha casa apenas nos dias menstruais ou de crise monetária. Às vezes nem isso, agora vivo no mundo, saio no meio da chuva, acordo só às oito da manhã quando tem consulta médica. Antes disso seria uma insulta! Procrastino o tempo internetando ociopatias. A verve na vésper é minha, a noite é toda não sozinha. Madrugo, mal durmo e drogo o que me draga. E não é que tudo vira arte?
Um comentário:
De fato madrugo na tua
Atenção te quero
Arte só mente nua
Com palavras espero
PNE
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