10 de junho de 2008

ÍRIS RASGADA


Desóbvia, brotei da desova de sereias para cantar histórias profundas. Quem não se afoga nelas é porque pássaro se fez pelos ouvidos.

Meu silêncio planta bananeira e, quando sem eira, dá bananas para os imorais mortos de fama.

Experiencio no álcool, na conversa com humanos há anos. Luz? Tenho própria, satélite natural de mim, brilho nos olhos ante as novidades.

Dia desses vi dançar estrela na cadência de um rock progressivo e sonhei com meus vinis tais anéis de planetas distantes. Eles se foram, restaram meus dedos. Soturnos sometimes.

Hoje toco teclados, um soa feito trilha sonora de filme Sci-Fi e o outro mais parece máquina de escrever, só que virtual. De virtuose, tenho a intenção. Esta é boa porque comunica. Tenho espaço, sou grata e sideral, literal e literária.

Mel, o dia, a do contra, o que dança.
Eis o meu espírito limpando a vista para ver melhor depois do ocaso. E não por acaso, você me encontra por aí, numa espécie de Deja Vù ancestral.

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