28 de janeiro de 2014
11 de janeiro de 2014
ARMADILHA
Não mais se tem estômago, por tanto ácido fático.
A língua é ferina, fere os ouvidos e tem garras.
Deixa o osso cardíaco em fratura exposta.
Os animais estão à solta dessas amarras.
Amam o nada do que há em si, presos à dor.
Outros são outros quinhentos, cédulas numeradas.
Quem tem cor tem medo.
Até branco se avermelha.
Amarela putrefata a orelha de Van Gogh.
A esperança desbotou o verde da paisagem.
Pinta-se o retrato falado da verdade.
Distorção virou poesia, afasia isenção.
Viraram a casaca dos valores.
Sociedade de uma hipocrisia insaciável.
Teme o porvir, pôr de sol a atear fogo no mar.
Nossas cavernas estão cheias de sombra ainda.
Dependurados em suas próprias tripas, os covardes.
Mortos por asfixia. Quem tem ar em meio tóxico?
A buzina do monóxido não serviu para acordar.
4 de janeiro de 2014
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