Espelho, espelho não meu,
mas da morada a que pertenço.
Reflito aflita
sobre meu endereço:
o que me levou a mudar
tanto assim?
26 de novembro de 2008
3 de novembro de 2008
Identificação com a liberdade
There is a pleasure in the pathless woods;
There is a rapture on the lonely shore;
There is a society, where none intrudes;
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more…
Lord Byron (1759-1824)
Há nas matas cerradas um prazer
Há nas encostas solitárias um arrebatamento,
Há sociedade, onde ninguém pode intrometer,
Pelo mar profundo e música em seu lamento:
Eu não amo menos ao Homem, mas à Natureza mais...
O divino e a natureza se fundem através do filme "Into the wild" de Sean Penn. Um jovem recém-formado decide quebrar os laços com o carreirismo que o espera depois das suas atividades acadêmicas e lançar um périplo pelos EUA. Ele deseja trocar tudo o que a sociedade urbana espera e dá a um jovem nas suas condições por um único bem: a verdade. E a verdade para Christopher McCandless está à sua espera na mãe-natureza. ENTREGA ABSOLUTA.
Leitor assiduo de Jack London e Tolstoi, encarna um personagem profético e de carisma messiânico que deixa um rastro de amor por onde passa. Existe um sentimento latente entre os outros que cruzam com ele: uma ausência e um vazio. McCandless numa peregrinação transamericana adota o nome de Alex Supertramp (Super Vagabundo). Preenche com esta esperança o vazio dos outros. Um filme que foge à gramática narrativa hollywoodiana, usa da descrição e de referências estéticas e éticas.
Se não houver terra no Céu, mais vale não haver Céu.
Ter assistido a este filme me impeliu tanto à busca por minha humanidade quanto na vez em que li On The Road, do Kerouac. Somo a arte então aos meus intentos e me inspiro numa provável libertação do óbvio. Quero também revelada a minha NATUREZA SELVAGEM!
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