Meus sonhos de consumo se resumem na ânsia de viajar pelo mundo, conhecer culturas outras e subculturas, ir a concertos de Rock, adquirir mais livros, publicar minhas artes, gravar uns discos, ter tempo livre de sobra para criar. Mas meus sonhos que nada custam em monetariedades podem valer mais a pena, ao menos, fazer mais sentido. Prosseguir tecendo amigos, descobrindo mais o outro em mim, decepcionando com as verdades e revelando expansões de espírito. Porque as ligações entre vidas, embora tantas vezes dêem sinal de ocupadas, atendem chamadas. Quando quero falar com Deus, produzo. Sou a favor do trabalho intelectual abridor de portas existenciais, não da prisão escrava com seus mecanismos assalariados que mais suam que ganham bonanças. Abomino quem reza o verbo do dinheiro, quem preza a verba mais do que a palavra. Detesto o texto falso dos que não cumprem promessas, dos pagadores de impostos desumanos, dos devedores de generosidade. Competir compele o homem a ter medo de perder, como se a perda do jogo de máscaras fosse a própria perda de caráter. Ninguém se conhece senão através do outro, ninguém vem ao pai senão pelo filho. Respeito apenas as hierarquias da sapiência, de um ancião machucado a vagar pela rua sozinho, embora crianças saibam bem mais do universo que adultos, pois contemplam tudo com inocência veraz, capaz de dominar o fundo. Bons nadadores-meninos, herdeiros das técnicas de mergulho essencial dentro do útero de suas mães vindas do ovo cosmogonal. Ser é só o que pretendo, sem mais e sem final. Ciclotímida ante os maiorais e ciclomística entre os capitais de giro. A Terra não pára e, debaixo dela, alguma raiz cresce forte, une águas matadouras da sede da morte.3 de março de 2007
Com sumo Cósmico
Meus sonhos de consumo se resumem na ânsia de viajar pelo mundo, conhecer culturas outras e subculturas, ir a concertos de Rock, adquirir mais livros, publicar minhas artes, gravar uns discos, ter tempo livre de sobra para criar. Mas meus sonhos que nada custam em monetariedades podem valer mais a pena, ao menos, fazer mais sentido. Prosseguir tecendo amigos, descobrindo mais o outro em mim, decepcionando com as verdades e revelando expansões de espírito. Porque as ligações entre vidas, embora tantas vezes dêem sinal de ocupadas, atendem chamadas. Quando quero falar com Deus, produzo. Sou a favor do trabalho intelectual abridor de portas existenciais, não da prisão escrava com seus mecanismos assalariados que mais suam que ganham bonanças. Abomino quem reza o verbo do dinheiro, quem preza a verba mais do que a palavra. Detesto o texto falso dos que não cumprem promessas, dos pagadores de impostos desumanos, dos devedores de generosidade. Competir compele o homem a ter medo de perder, como se a perda do jogo de máscaras fosse a própria perda de caráter. Ninguém se conhece senão através do outro, ninguém vem ao pai senão pelo filho. Respeito apenas as hierarquias da sapiência, de um ancião machucado a vagar pela rua sozinho, embora crianças saibam bem mais do universo que adultos, pois contemplam tudo com inocência veraz, capaz de dominar o fundo. Bons nadadores-meninos, herdeiros das técnicas de mergulho essencial dentro do útero de suas mães vindas do ovo cosmogonal. Ser é só o que pretendo, sem mais e sem final. Ciclotímida ante os maiorais e ciclomística entre os capitais de giro. A Terra não pára e, debaixo dela, alguma raiz cresce forte, une águas matadouras da sede da morte.
Assinar:
Comentários (Atom)